Em concreto, este projeto de especialidade integra um conjunto de medidas – corte e remoção de material vegetal para garantir o escoamento na linha de água, reposição da galeria ripícola para minimizar a erosão e o arrastamento de solos e reabilitação das condições biofísicas de suporte para assegurar o uso balnear – de carácter essencialmente operacional, que, no seu conjunto, potenciam a conectividade longitudinal, transversal e vertical do corredor ecológico, baseando-se em critérios de salvaguarda, promoção e valorização da biodiversidade com recurso a soluções técnicas de engenharia natural e plantações de vegetação autóctone, estabelecendo um continuum naturale.

O projeto contribui para a concretização das medidas de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas, previstas na Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, na sua última redação dada pela Lei n.º 44/2017, de 19 de junho) – que visam essencialmente a prossecução dos objetivos da Diretiva Quadro da Água (DQA), no que se refere à obtenção do bom estado das respetivas massas de água superficiais – quer para a manutenção dos seus resultados a longo prazo, enquanto incentiva a replicação das intervenções, a adequar para outros locais do território, e contribuem para a implementação da Estratégia de Biodiversidade da União Europeia para 2030.

Graças à otimização de recursos, foi possível realizar 2 fases de intervenção: a primeira fase (linha a roxo) permitiu reabilitar 36Km de galeria ripícola e a segunda fase (linha a azul) permitiu reabilitar mais 22km de galeria ripícola, num total de 58Km de margens reabilitadas do rio Ceira.